Presente no Brasil desde sempre, a varanda teve muitas finalidades antes de alcançar o status de gourmet, tão valorizado nos empreendimentos imobiliários atuais.
De origem moura e asiática, a varanda chegou ao Brasil por meio dos portugueses e logo se difundiu por todo território nacional. Ao se adequar às condições climáticas de terras tropicais, as construções portuguesas passaram a ter uma varanda em sintonia com o modo de vida dos índios nativos, expresso na Oca, que foi assimilado pelos primeiros colonizadores por se mostrar mais coerente com a realidade em que se encontravam.
Ao longo do tempo, foi usada para diversos fins e acumulou funções. Além de local arejado para amenizar o calor, servia como espaço de descanso, de convívio, posto de vigília e também para separar o público do privado nas primeiras casas rurais do período colonial.
De acordo com Gilberto Freyre em Casas de Residência no Brasil, “por ser um lugar agradável e ventilado, a varanda passou a ser o espaço de convívio e reunião da família, o lugar das brincadeiras das crianças, do contato com os escravos e de se acolher os visitantes”. Como as construções eram muitos distantes umas das outras na zona rural do Brasil colonial, era comum hospedar viajantes – e estes eram acolhidos na varanda ou no quarto de hóspedes que não se voltava para a privacidade da casa, mas para a varanda. E para segurança das famílias, a varanda servia também de posto de vigília, de onde se podia observar o viajante que se aproximava.
Unanimidade nas residências brasileiras, a varanda estava presente nas casas rústicas de pau cruzado de barro do início da colonização, casas de taipa de pilão dos primeiros engenhos do ciclo da cana, casas de pedra irregular ligada com argamassa dos arraiais que ganham maior impulso no ciclo da mineração em Minas Gerais. Independente do sistema construtivo e da conjuntura da época, a casa do Brasil colonial até o século 18 sempre apresentavam as mesmas características: paredes lisas, vãos bem distribuídos, telhados simples e varanda”, afirma José Wasth Rodrigues em A Casa de Moradia no Brasil Antigo.
Elemento constante na casa luso-brasileira das primeiras habitações nas zonas rurais, a varanda permaneceu quando surgiram os primeiros núcleos urbanos. No século 18, mesmo nas casas urbanas, as varandas eram comuns, embora tenham sofrido mudanças que, de algum modo, afetaram seu uso.
No final do século 18 e início do século 19, a arquitetura doméstica brasileira, principalmente a urbana, sofreu profundas modificações com a transferência da família real para o Brasil e a elevação da então colônia à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. A chegada da corte no Brasil marcou o início de um novo hábito na vida doméstica, o de receber. Agora não apenas o viajante que pernoita na varanda, mas o vizinho que, mesmo de maneira restrita, entra na casa e se senta na sala. Assim, na primeira metade do século 19, a varanda acumula as mesmas funções do período colonial, mas com uma grande diferença, promovida pelas mudanças no modo de vida da população: não é somente posto de vigília, mas também posto de exposição.
A partir de meados do século 19, a abolição e o início da imigração afetam diretamente o funcionamento da casa, que passa a contar com água e esgoto. As construções utilizam cada vez mais materiais industrializados e importados. As varandas, todavia, continuam presentes, tanto nas casa rurais, nas chácaras ou nos sobrados urbanos.
Na zona rural, tomada pela produção de café, a varanda se verticaliza, perdendo, assim como na cidade, sua condição de filtro e permitindo a recepção do visitante no ambiente criado para isso, a sala de visita. Nas cidades, por conta dos formatos dos lotes, as varandas se localizam junto ao quintal das residências, ou nas laterais das casas, junto ao jardim, permitindo ao morador ver e ser visto.
As décadas seguintes são marcadas pelo avanço tecnológico. A invenção do concreto armado e do elevador em fins do século 19 provocam a verticalização da construção e o novo tipo de moradia: os edifícios de apartamentos.
As varandas acompanham os novos tempos. Como elas já tinham sido levadas para as sacadas dos sobrados, galgaram degraus para chegar aos prédios numa gama de variações. Só em meados do século 20, quando o modernismo atingiu seu ápice no Brasil, é que as fachadas e as elevações ficaram homogêneas. Nessa época, ainda eram o lugar para descansar, ouvir música, ler um livro, usufruir da vista.
Daí pra frente, a varanda passou a valorizar os prédios, e deixou de ser um espaço para se tornar um lugar valorizado da casa. De olho nessa tendência, os projetos imobiliários trataram de dar a ela um tratamento especial. Tão especial que foi batizado de “varanda gourmet”, e deu nova cara aos apartamentos.
Atualmente um dos ambientes mais utilizados pelos moradores, a varanda gourmet é um espaço de lazer e confraternização. Em geral, conta com churrasqueira e bancada com pia, espaço para adega, mesa e poltrona – tudo para reunir amigos e família em alegres churrascos, jantares diferenciados para fugir da rotina ou drinques no final da tarde, muitas vezes com uma visão panorâmica da cidade.
A tradição do churrasco no Brasil contribuiu para transformar as plantas dos apartamentos, já que a churrasqueira individual é exigência e grande diferencial na decisão de compra do imóvel.
Estrela da varanda gourmet, a churrasqueira dá um toque todo especial ao espaço. Por isso, a escolha da churrasqueira mais adequada é fundamental e deve merecer atenção. Na wwwpelicanogourmet.com.br você encontra as melhores opções em churrasqueiras gourmet, seja elétricas ou a gás, de embutir, que vão ficar perfeitas na sua varanda para momentos inesquecíveis com os amigos e com a família, regados, é claro, por um delicioso e prático churrasco.
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